segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Palavra de Vida, outubro de 2011.


“Segue-me!” (Mt 9,9)

    Enquanto saía de Cafarnaum, Jesus viu um cobrador de impostos chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos. Mateus exercia um trabalho que o tornava odioso aos olhos do povo e o igualava aos agiotas e exploradores, que se enriquecem às custas dos outros. Os escribas e os fariseus colocavam-no no mesmo nível dos pecadores públicos, tanto que censuravam Jesus por ser “amigo de publicanos e de pecadores” e comer com eles (cf. Mt 11,19; 9,10-11). Contrariando toda convenção social, Jesus chamou Mateus a segui-lo e aceitou o convite para almoçar em sua casa, como faria mais tarde com Zaqueu, chefe dos cobradores de impostos de Jericó. Quando pediram que Jesus explicasse essa atitude, Ele disse que veio para curar os doentes e não os que têm saúde, e que veio chamar não os justos, mas os pecadores. Também dessa vez seu convite era dirigido justamente a um deles:

“Segue-me”.

      Jesus já havia feito esse chamado a André, Pedro, Tiago e João, às margens do lago. O mesmo convite Ele dirigiria depois, com outras palavras, a Paulo, na estrada de Damasco. Mas Jesus não se limitou àqueles chamados; no decorrer dos séculos, Ele continuou a chamar para si homens e mulheres de todos os povos e nações. E chama ainda hoje: Ele passa pela nossa vida, encontra-nos em diferentes lugares, de diferentes modos, e faz-nos ouvir novamente o seu convite a segui-lo. Jesus chama-nos a estar com Ele, porque deseja estabelecer um relacionamento pessoal; ao mesmo tempo, convida-nos a colaborar com Ele no grande projeto de uma nova humanidade. Ele não se importa com as nossas fraquezas, os nossos pecados, as nossas misérias. Ele nos ama e nos escolhe do jeito que somos. É o seu amor que nos vai transformar e dar forças para responder-lhe e a coragem para segui-lo, como aconteceu com Mateus. E, para cada um de nós, Ele tem um particular amor, projeto de vida e chamado. É algo que percebemos no coração por meio de uma inspiração do Espírito Santo, ou mediante determinadas circunstâncias, ou por um conselho ou orientação de alguém que nos quer bem... Embora se manifeste nos modos mais diferentes, a mesma palavra continua ecoando:

“Segue-me!”.

       Lembro-me de quando também eu percebi esse chamado de Deus. Foi numa manhã gelada de inverno, em Trento, Itália. Minha mãe pediu à minha irmã caçula que fosse buscar o leite, a dois quilômetros de casa. Mas fazia frio demais, e ela não teve coragem. Também minha outra irmã recusou-se a ir. Então eu me adiantei: “Mamãe, eu vou!” Dizendo isso, peguei a garrafa e saí. A meio caminho, acontece um fato especial: tenho a impressão de o Céu como que se abrir e Deus me convidar a segui-lo. “Entregue-se inteiramente a mim”, é o que percebo no coração. Era o chamado explícito, ao qual quis responder imediatamente. Falei sobre isso com o meu confessor, que permitiu a minha doação a Deus para sempre. Era o dia 7 de dezembro de 1943. Nunca serei capaz de descrever o que se passou no meu coração, naquele dia: Eu tinha desposado Deus! E Dele eu podia esperar tudo.

“Segue-me!”.

       Essa palavra não se refere apenas ao momento em que decidimos a nossa opção de vida. Dia após dia, Jesus continua a dirigi-la a nós. “Segue-me!”, é o que Ele nos parece sugerir diante dos mais simples deveres cotidianos; “Segue-me!”, naquela provação a ser abraçada, naquela tentação a ser superada, naquele serviço a ser executado... Como podemos responder concretamente ao seu apelo? Fazendo o que Deus quer de nós no momento presente, pois cada instante contém sempre uma graça especial. O nosso empenho para este mês, portanto, será entregar-nos à vontade de Deus com decisão; doar-nos ao irmão e à irmã que devemos amar; doar-nos ao trabalho, ao estudo, à oração, ao repouso, à atividade que temos de desempenhar. Será aprender a escutar, no profundo do coração, a voz de Deus que fala também pela voz da consciência, dispostos a sacrificar tudo para atuar aquilo que Ele deseja de nós em cada momento e que essa voz nos revelará.“Faz que te amemos, ó Deus, não só cada dia mais – porque podem ser pouquíssimos os dias que nos restam –; mas faz que te amemos em cada momento presente, com todo o coração, a alma e as forças, naquilo que é a tua vontade”. Este é o melhor sistema para seguir Jesus.

Chiara Lubich.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Convite

Prezados Irmãos em Cristo.

 Excepcionalmente, nossa próxima reunião será no dia 25/09/2011,as 16:00 h, na comunidade Nossa Senhora Auxiliadora. Rua das Domésticas, nº 426, Bairro Costa e Silva, Jlle SC.


Como sempre cada um poderá levar um doce, salgado ou refrigerante para partilharmos no café da tarde.

Sua presença é de suma importância para o bom andamento do nosso GEV.
Desde já agradeçemos e louvamos a Deus pela presença de todos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Palavra de vida.

Palavra de vida do mês de Setembro


"Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado.” (Lc 15, 32)


     Essa frase encontra-se no final da chamada parábola do filho pródigo – que certamente você conhece – e quer revelar a grandeza da misericórdia de Deus. Ela conclui todo um capítulo do Evangelho de Lucas no qual Jesus narra outras duas parábolas para ilustrar o mesmo assunto. Lembra-se do episódio da ovelha desgarrada, em que o dono do rebanho a procura, deixando as outras noventa e nove no deserto (Lc 15, 4-7)? Lembra-se também da história da dracma perdida e da alegria da mulher que, após tê-la encontrado, chama as amigas e as vizinhas para se alegrarem com ela (Lc 15, 8-10)?


“Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado.”

    
Essas palavras são um convite que Deus dirige a você e a todos os cristãos para rejubilar-se com ele, para festejar e participar da sua alegria pela volta do homem pecador que estava perdido e foi encontrado. Na parábola, são essas as palavras dirigidas pelo pai ao filho mais velho, com quem dividiu toda a sua vida, mas que, após um dia de trabalho duro, se recusa a entrar em casa, onde se festeja a volta do seu irmão. O pai vai ao encontro do filho fiel – assim como foi ao encontro do filho perdido – e procura convencê-lo. Mas o contraste entre os sentimentos do pai e os sentimentos do filho mais velho é evidente: de um lado, o pai, com seu amor sem limites e com sua grande alegria, da qual gostaria que todos participassem; do outro, o filho, cheio de desprezo e de ciúmes de seu irmão, que ele não mais reconhece como tal. De fato, diz a seu respeito: “Este teu filho, que devorou teus bens” (Lc 15, 30). O amor e a alegria do pai pelo filho que voltou evidenciam ainda mais o rancor do outro, rancor que mostra um relacionamento frio – diríamos até falso – com o próprio pai. Para esse filho, o importante é o trabalho, o cumprimento do dever; mas ele não ama o pai como um filho. Ao contrário, mais parece que lhe obedece como a um patrão.

“Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado.”

     Com essas palavras, Jesus denuncia um perigo que também você pode correr; viver para ser uma “pessoa de bem”, baseando a vida na busca da perfeição e criticando os irmãos “menos perfeitos” do que você. Na verdade, se você estiver “apegado” à perfeição, construirá seu ego, ficará cheio de si mesmo, cheio de admiração pela própria pessoa. Será como o filho que ficou em casa e enumera ao pai os próprios méritos: “Há tantos anos que eu te sirvo e jamais transgredi um só dos teus mandamentos” (Lc 15, 29).


“Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado.”


    Com essas palavras, Jesus se contrapõe à atitude segundo a qual a relação com Deus estaria fundamentada apenas na observância dos mandamentos. Essa observância, porém, não é suficiente. Também a tradição judaica está bem consciente disso. Nessa parábola, Jesus põe em evidência o Amor divino, mostrando como Deus, que é Amor, dá o primeiro passo em direção ao homem, sem levar em consideração se ele merece ou não; Deus quer que o homem se abra a Ele para poder estabelecer uma autêntica comunhão de vida. Naturalmente, como você entenderá, o maior obstáculo diante de DeusAmor é justamente a vida daqueles que acumulam ações, obras, enquanto Deus quer simplesmente o coração deles.


“Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado.”


     Com essas palavras, Jesus convida você a ter, diante do homem pecador, o mesmo amor sem limites que o Pai tem para com ele. Jesus convida você a não julgar segundo a sua medida o amor que o Pai tem para com qualquer pessoa. Convidando o filho mais velho a partilhar da sua alegria pelo filho encontrado, o Pai pede também a você uma mudança de mentalidade. Na prática, você deve acolher como irmãos e irmãs também os homens e as mulheres pelos quais nutriria apenas sentimentos de desprezo e de superioridade. Isso provocará em você uma verdadeira conversão, porque o purifica da sua convicção de ser “mais perfeito”, evita que você caia na intolerância religiosa e o faz acolher, como pura dádiva do amor de Deus, a salvação que Jesus lhe proporcionou.
Chiara Lubich

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Palavra de Vida agosto de 2011.

              "Eis-me aqui para fazer a tua vontade". (Hb 10, 9)

 Este é um versículo do Salmo 40, que o autor da carta aos Hebreus faz com que o Filho de Deus pronuncie num diálogo com o Pai. O autor quer sublinhar deste modo o amor com que o Filho de Deus se fez homem para cumprir a obra da redenção em obediência à vontade do Pai. Estas palavras fazem parte de um contexto no qual o autor quer demonstrar a infinita superioridade do sacrifício de Jesus em relaçäo aos sacrifícios da antiga Lei. O que diferencia o sacrifício de Jesus destes últimos, onde eram oferecidos a Deus os animais como vítimas ou, em última análise, coisas não relativas à interioridade do homem, é que Jesus, impulsionado por um amor imenso, durante a sua vida terrena ofereceu ao Pai a própria vontade, todo o seu ser.

"Eis-me aqui para fazer a tua vontade".

         Esta Palavra nos oferece a chave de leitura da vida de Jesus, ajudando-nos a colher o seu aspecto mais profundo e o fio de ouro que liga todas as etapas de sua existência terrena: a sua infância, a sua vida particular, as tentações, as suas escolhas, a sua atividade pública, até a morte na cruz. Em cada momento, em cada situação Jesus visou uma única coisa: fazer a vontade do Pai; e a cumpriu de modo radical, não movendo um dedo fora dela e repelindo até as propostas mais sugestivas que não estivessem em pleno acordo com aquela vontade.

"Eis-me aqui para fazer a tua vontade".

          Esta Palavra nos faz compreender a grande lição que Jesus com toda a sua vida nos quer dar. Isto é, que a coisa mais importante é fazer não a nossa, mas a vontade do Pai; tornarmo-nos capazes de dizer não a nós mesmos para dizer sim a Deus.
         O verdadeiro amor a Deus não consiste em belas palavras, ideias e sentimentos, mas na obediência efetiva aos seus mandamentos. O sacrifício de louvor que ele espera de nós é que lhe ofertemos tudo o que temos de mais íntimo, o que é radicalmente nosso: a nossa vontade.

"Eis-me aqui para fazer a tua vontade".
  
         Como viveremos então a Palavra de vida deste mês? Também esta é uma das palavras que ressalta explicitamente o aspecto do Evangelho que vai contra a corrente, porque combate uma tendência profundamente enraizada em nós: satisfazer a nossa vontade, seguir os nossos instintos, os nossos sentimentos.
         Esta Palavra é também uma das que mais se choca com o homem moderno. Vivemos na época da exaltação do eu, da autonomia da pessoa, da liberdade como fim a si mesma, da auto-satisfação como realização do indivíduo, do prazer considerado como o critério das próprias opções e o segredo da felicidade. Mas conhecemos também a que consequências desastrosas esta cultura nos conduz.
         Pois bem, esta cultura fundada na satisfação da própria vontade encontra a oposição daquela de Jesus totalmente orientada ao cumprimento da vontade de Deus, com os efeitos maravilhosos que ele nos garante.
         Procuremos então viver a Palavra deste mês, escolhendo também nós a vontade do Pai e fazendo dela, como Jesus fez, a norma e a motivação de toda a nossa vida.
         Assim vamos nos aventurar numa divina aventura que nos encherá de gratidão a Deus. Graças a ela nos faremos santos e irradiaremos o amor de Deus em muitos corações.

Chiara Lubich.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Palavra de Vida de Julho de 2011.

      Vigiai e orai, para não cairdes em tentação; pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.” (Mt 26,41)

      Jesus dirigiu essas palavras a Pedro, Tiago e João, durante a agonia no Getsêmani, aos vê-los dominados pelo sono. Ele tinha levado consigo esses três apóstolos – os mesmos que haviam testemunhado a sua transfiguração no monte Tabor – para que ficassem a seu lado naquele momento tão difícil e se preparassem com Ele por meio da oração, pois o que estava para acontecer seria uma terrível provação também para eles.

     “Vigiai e rezai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

      Mais do que uma recomendação feita por Jesus aos discípulos, é preciso entender essas palavras – à luz das circunstâncias em que foram pronunciadas – como um reflexo de seu estado de espírito, isto é, do modo pelo qual Ele se prepara para a prova. Diante da paixão iminente, Ele reza com todas as forças de seu espírito, luta contra o medo e o pavor da morte, lança-se no amor do Pai para ser fiel até o fim à sua vontade e ajuda seus apóstolos a fazerem o mesmo. Aqui Jesus revela-se a nós como o modelo para aquele que deve enfrentar a provação e, ao mesmo tempo, como o irmão que se coloca ao nosso lado naquele momento difícil.

      “Vigiai e rezai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

      A exortação à vigilância aparece frequentemente nos lábios de Jesus. Para Ele, vigiar significa não se deixar vencer jamais pelo “sono espiritual”, estar sempre pronto a acolher a vontade de Deus, saber colher os seus sinais na vida de cada dia e, sobretudo, saber interpretar as dificuldades e os sofrimentos à luz do amor de Deus. Mas a vigilância é inseparável da oração, porque a oração é indispensável para vencer a provação. A fragilidade natural do homem (“... mas a carne é fraca”) pode ser superada por meio daquela força que vem do Espírito Santo.

      “Vigiai e rezai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.

       Como, então, podemos viver a Palavra de Vida deste mês? Também nós devemos levar em conta nosso encontro com a provação: as pequenas e grandes provas que encontramos todos os dias. Provas normais, provas clássicas, com as quais qualquer cristão não pode deixar de deparar-se mais cedo ou mais tarde. Ora, a primeira condição para superar a provação, qualquer provação – adverte-nos Jesus –, é a vigilância. Trata-se de saber discernir, de dar-se conta que são provações permitidas por Deus, jamais para nos desencorajarmos, mas para que, superando-as, amadureçamos espiritualmente. E, ao mesmo tempo, devemos rezar. A oração é necessária porque as tentações às quais estamos mais expostos nesses momentos são de dois tipos: por um lado, a presunção de conseguirmos superar a prova sozinhos; por outro lado, o sentimento oposto, ou seja, o temor de não sermos capazes de superar a prova, como se ela fosse superior às nossas forças. Ao passo que Jesus nos garante que o Pai celeste não nos deixará faltar a força do Espírito Santo se estivermos vigilantes e se lhe fizermos com fé esse pedido.
Chiara Lubich

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Palavra de Vida.

        “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” (Rm 12,2)

         Estamos na segunda parte da Carta de Paulo aos Romanos, em que o Apóstolo descreve a conduta cristã como expressão da vida nova, do verdadeiro amor, da verdadeira alegria e liberdade que Cristo nos doou. É a vida cristã, apresentada como novo modo de enfrentar – com a luz e a força do Espírito Santo – as várias tarefas e problemas com que podemos deparar. Nesse versículo, estreitamente ligado ao anterior, o Apóstolo mostra o intuito e  atitudes fundamentais que deveriam caracterizar todo comportamento nosso: fazer da vida um hino de louvor a Deus, um ato de amor que se prolonga no tempo, buscando constantemente a sua vontade, o que mais lhe agrada.

         “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” (Rm 12,2)

         É evidente que, para cumprir a vontade de Deus, em primeiro lugar é preciso conhecê-la. Mas, como o Apóstolo dá a entender, isso não é fácil. Não é possível conhecermos bem a vontade de Deus sem uma luz especial que nos ajude a discernir, nas diversas circunstâncias, o que Deus quer de nós, evitando as ilusões e os erros nos quais facilmente poderíamos cair.Trata-se daquele dom do Espírito Santo que se chama “discernimento”, indispensável para edificarmos em nós uma mentalidade autenticamente cristã.

         “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” (Rm 12,2)

          
E como podemos obter e desenvolver em nós esse dom tão importante? Sem dúvida, isso exige um bom conhecimento da doutrina cristã. Mas ainda não é suficiente. Como o Apóstolo sugere, é principalmente questão de vida, é questão de generosidade, de impulso em viver a palavra de Jesus, deixando de lado receios, incertezas e ponderações medíocres. É questão de disponibilidade e de prontidão em cumprir a vontade de Deus. É esse o caminho para termos a luz do Espírito Santo e formarmos em nós a mentalidade nova que esta Palavra requer.

          
“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito.” (Rm 12,2)

         
Como, então, vamos viver a Palavra de Vida deste mês? Procurando, também nós, merecer a luz necessária para cumprirmos bem a vontade de Deus. Para tanto, vamos fazer o propósito de conhecer cada vez mais a sua vontade, no modo com que ela se manifesta pela sua Palavra, pelos ensinamentos da Igreja, pelos deveres do nosso estado de vida e assim por diante. Mas a principal preocupação será com a nossa vivência, pois, como acabamos de ver, é da vida, é do amor que jorra a verdadeira luz. Jesus se manifesta a quem o ama, colocando em prática seus mandamentos: “Quem acolhe e observa os meus mandamentos, esse me ama. Ora, quem me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21). Assim, conseguiremos cumprir a vontade de Deus como o presente mais bonito que temos a lhe oferecer. E este será agradável a Deus, não só por ser expressão do amor, mas também pela luz e pelos frutos de renovação cristã que fará surgir ao nosso redor.

Chiara Lubich